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DF: Operação Rafflesia investiga desvio de R$ 1 milhão em contratos de publicidade nos ônibus


A Polícia Civil (PCDF) e o Ministério Público (MPDFT) deflagraram, na manhã desta quarta-feira (10), uma operação para apurar irregularidades em contratos de publicidade no sistema de transporte público do Distrito Federal. A apuração apontou que cerca de R$ 1 milhão não eram repassados ao GDF.

“Verificou-se que os valores cobrados ordinariamente no mercado são, em média, até 5.000% maiores do que os supostamente pagos nos contratos firmados com as concessionárias”, afirmou a PCDF.

Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em empresas e em residências no Lago Sul, Parkway, Sudoeste, Cruzeiro, Águas Claras e Recanto das Emas. O objetivo é levantar provas para dar continuidade às investigações.

A Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) informou que “contribuirá com todas as informações necessárias na investigação referente a publicidade dos ônibus”.

A operação Rafflesia – termo que faz alusão às plantas parasitas – apura indícios da prática de estelionato contra a Administração Pública, falsificação de documento e associação criminosa. Segundo a delegada Renata de Jesus, que está à frente das investigações, as agências de publicidade estariam praticando um “subfaturamento de preços”.

“As agências celebrariam um contrato praticando preços regulares de mercado, porém quando prestavam contas ao poder público, declarariam valores absolutamente inferiores aos efetivamente praticados”, explica.

“As agências maximizavam o lucro, em detrimento da arrecadação dos cofres públicos.”

Segundo as investigações, das 11 agências publicitárias que firmaram contratos de publicidade com as concessionárias de transporte público, somente três foram identificadas como efetivamente existentes e em funcionamento no endereço declarado ao governo do DF.




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