Política

Senador apresenta projeto que acaba com decisões monocráticas no STF


Após o ministro Luiz Edson Fachin anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva proferidas pela Justiça Federal do Paraná na Operação Lava Jato, o senador Marcos do Val (PODE) apresentou um projeto que, se aprovado, poderá acabar com as decisões monocráticas do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Val, decisões sobre a nulidade de processos deveriam ser tomadas pelo plenário da Corte.

“Hoje a sensação é que voltamos ao passado, onde não davam credibilidade ao país. Voltei a escutar do descrédito que o Brasil tem, as bolsas caíram, dólar subiu, todos com medo de investidor no Brasil. Estive reunido com embaixadores que estão temerosos pela instabilidade jurídica. Não é só questão de tirar o que o Lula estava respondendo ou não, tirar a competência da 13ª Vara, do ex-presidente ficar elegível para ser presidente ou não. [Impacta] até na geração de emprego, no cidadão brasileiro que vai passar fome”, afirmou o senador em entrevista à rádio Jovem Pan, nesta manhã.

O senador nega que o projeto seja uma forma de interferir no poder Legislativo e defende que o trabalho do Congresso Nacional é legislar. “O que o Congresso coloca em pauta é votado, a lei vigor, o STF, STJ e todos do Judiciário tem que cumprir o que foi determinado. Nós temos atualmente algumas decisões monocráticas que são muito polêmicas. A sociedade ficou indignada [com a anulação das condenações de Lula], meus eleitores ficaram mandando mensagens, ligando, mandando e-mails. A gente precisa dar uma resposta para a sociedade”, afirmou.

De acordo com o parlamentar, a proposta alterna a lei 8.038/1990 acrescentando um parágrafo que define que “as decisões, somente em matérias penais, que se referem a nulidade não podem ser mais monocráticas”. “O ministro pode tomar decisão, mas a apresenta para o colegiado, que analisa e aprova ou ratifica. Dois ministros contrários a essa nulidade, o processo para, vai ser analisado para então voltar a ser apresentado. Não vai ser mais uma decisão monocrática.”

“O que o Congresso coloca em pauta é votado, a lei vigor, o STF, STJ e todos do Judiciário tem que cumprir o que foi determinado. Nós temos atualmente algumas decisões monocráticas que são muito polêmicas. A sociedade ficou indignada [com a atitude de Fachin], meus eleitores ficaram mandando mensagens, ligando, mandando e-mails. A gente precisa dar uma resposta para a sociedade”, finalizou.




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