“Tenho mais a agradecer ao ministro Alexandre de Moraes do que à ministra Damares”, afirma Sara Winter
Após ser uma peça fundamental em movimentos e manifestações a favor do presidente Bolsonaro, ser presa, não poder participar do aniversário do próprio filho, ter contas bloqueadas nas principais redes sociais, Sara Winter declara sua aposentadoria da “militância de rua”.
Em entrevista publicada pela revista Veja, a ativista pró-vida declarou:
“Decidi me aposentar. Nunca mais vocês vão me ver gritando ‘mito’, ‘mito’. Hoje morreria de vergonha de fazer isso”, diz a agora ex-ativista.
Apesar de já ter usado suas redes para declarar que se sentia sozinha e querer apoio do presidente, Sara Winter não deixou de admirar ou apoiar Bolsonaro. “Fiz tudo aquilo acreditando que havia um movimento para derrubá-lo. Eu me sacrifiquei para defendê-lo e faria tudo de novo, apenas de uma maneira diferente.”
Sara continua monitorada por uma tornozeleira eletrônica e está proibida de se aproximar da sede do STF ou de qualquer um dos ministros, além de não poder sair de casa, um pequeno apartamento localizado a pouco mais de 1 quilômetro da Praça dos Três Poderes. Hoje ela considera que enfrentar o STF foi um erro que lhe custou caro. Atualmente se dedica à uma empresa que comercializa palestras e cursos de “conservadorismo” pela internet em sociedade com o marido, contou também que passa o tempo todo cuidando do filho, de 5 anos de idade.
Mesmo ainda sob prisão domiciliar decretada por Alexandre de Moraes, a ativista mudou seu posicionamento sobre o ministro:
“Pode parecer síndrome de Estocolmo, mas tenho mais a agradecer ao ministro Alexandre de Moraes do que à ministra Damares Alves”, afirma.
Sara reclama que nunca recebeu sequer um telefonema de solidariedade da ministra Damares, com quem já trabalhou e que conhece há muito tempo.