O Pastor Abílio Santana tentou intimidar o Jornalista Diego Ganoli em Brasília, na saída da Câmara dos Deputados em abordagem exclusiva e respeitosa, quando indagado sobre o caso Flordelis.
Exatamente como Fazia o Ex-Deputado Jean Wyllys, Abílio, Deputado Federal eleito pela Bahia, foi hostil, tentou em flagrante ato antidemocrático coagir o jornalista com argumento de “Direito de imagem” em pleno exercício da profissão constitucional, o jornalismo.
Em primeiro momento, o jornalista se identifica Dizendo “Pastor Abílio! Licença, pastor! Satisfação falar com o senhor! Desculpa, estamos ao vivo aqui! Desculpa! Diego Ganoli aqui, Satisfação!” Santana então tenta fugir e continuar andando, mesmo tendo sido abordado educadamente, e, por ética profissional, ter sido avisado de que estavam ao vivo. O sempre grosseiro e arrogante parlamentar perguntou se “estava gravando”. O jornalista então, pela segunda vez, informa que a transmissão é “ao vivo”. É quando, acontece a tentativa de intimidar o profissional com argumento de “Direito de imagem”. “É uma coisa, que é uma coisa com a polícia!” “Eu não sei o que aconteceu”.
Com sorriso no rosto, a invertida veio através da humildade de Ganoli que insiste com elegância e educação em reafirmar que o Deputado é uma pessoa muito conhecida e querida no meio evangélico, tendo em visto que foi eleito com votos desse exato segmento, e o questiona sobre seu posicionamento como “Pastor” acerca do escandaloso caso Flordelis.
Esquivando, sempre isento e em cima do muro, provavelmente com medo de ser perguntado sobre sua filha fruto de relação extraconjugal com uma empregada, o parlamentar gaguejava e dizia coisas como “Eu moro na Bahia, ela mora no Rio”, “Eu não estava lá”, “eu soube por terceiros”, “eu fui ao enterro dele”, “eu perdi um amigo”, “eu não sei nem o que dizer”, “como pastor meu papel é orar por ela (Flordelis).” Ao analisar a entrevista, que não foi combinada, e o jornalista inclusive correu no estilo CQC atrás do parlamentar, fica intendido que Abílio diz frases soltas, e mesmo a Polícia Civil e Ministério Público do Rio de Janeiro acusem a Deputada Flordelis de “Homicídio triplamente qualificado, homicídio tentado duplamente qualificado, Falsificação de documento, falsidade ideológica e associação criminosa majorada, o Deputado e Pastor Evangélico Abílio Santana teve coragem de falar em “achismo”, e “pode ter sido ela. Pode não ter sido”.
Ganoli segue com perguntas chaves que provocam o ego de Abílio, que o faz demonstrar sua isenção e no desenrolar da entrevista o mérito vai sendo passado para a câmara e outros parlamentares. É neste momento que o pastor se revela, como em toda a carreira de pastor, altivo quando puxa para si a responsabilidade do afastamento da acusada e ré Flordelis dos Santos de Souza da “frente parlamentar” e afirma que “Graças aos céus” seu pedido foi atendido para retirar Flordleis da Bancada Evangélica para que a população não pense que os deputados, inclusive ele próprio, estavam fazendo “Vista grossa”.
Isento, como Pilatos, mesmo que a responsabilidade da votação pela cassação do Mandato da Acusada e ré Flordelis, o Deputado diz que “Deus fará justiça”.
O jornalista ressalta que como profissional de comunicação, tem o princípio da isonomia e imparcialidade, inclusive tendo ido até a casa da Deputada em busca de ouvir sua versão e dar voz a acusada. Diego já entrevistou diversos personagens desse caso que vão de testemunhas à autoridades, tanto de acusação como de defesa. Um dia após entrevistar Abílio Santana, entrevistou Perito Lameirão da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que atuou no caso Flordelis.
O jornalista se desculpa pela abordagem. Em cima do muro, o Deputado ao perceber que não foi atacado elogia Diego Ganoli dizendo que se assustou com abordagem, mas “Jornalista esperto é assim. O não você já tinha, e foi aventurar o sim.”
Confira a entrevista:
