Sara Winter inaugura em fevereiro o maior Clube de Cultura do Brasil
A ativista pró-vida Sara Winter anunciou nesta quarta-feira, dia 6, numa live em seu perfil no Instagram, que lançará o maior clube de cultura do país em fevereiro. A iniciativa faz parte de uma mudança de rumos: Winter abandona a organização de manifestações para focar exclusivamente na militância cultural, voltada para a formação intelectual de famílias.
Um dos motivos pelo qual a ativista esclareceu que pretende se “aposentar das ruas” seria o tempo de convivência familiar: “Acabei de iniciar a educação domiciliar do meu primeiro filho e por isso pretendo focar naquilo que mais importa: dedicação máxima à minha família”. Sobre os protestos políticos, Sara reflete que “mesmo com um presidente de direita no poder, não adianta lutar por mudanças imediatas quando o próprio sistema impede, com todas as forças, qualquer ameaça ao status dos mais poderosos”. E conclui: “é mais produtivo cultivar os valores que queremos ver valorizados no Brasil em nossa própria casa, porque é lá que está a base da sociedade”.
Bastidores dos “300 do Brasil” e relação com Bolsonaro
Durante a live, Sara revelou detalhes dos bastidores do movimento de militância bolsonarista “300 do Brasil”, que reuniu milhares de pessoas no acampamento montado em Brasília, demonstrando apoio ao presidente Jair Bolsonaro, entre os meses de abril e junho do ano passado.
Dentre as revelações, a ativista afirmou que se sentia desconfortável em permanecer na liderança do acampamento e que se sentia deslocada, uma vez que já havia abandonado a militância de rua para dedicar-se ao seu trabalho como conferencista internacional e professora. “Já não estava mais otimista com essa abordagem, mas me senti responsável, uma vez que, possivelmente, eu seja uma das únicas pessoas no Brasil que recebeu um treinamento específico sobre esse tipo de movimento”, afirmou.
A ativista afirmou em sua live continuar apoiando o presidente Jair Bolsonaro. Entretanto, esclareceu que não pretende voltar a organizar manifestações nas ruas, direcionando seus esforços para a formação intelectual de famílias conservadoras, com a criação do Clube de Alta Cultura.
Trajetória: de militante feminista à ativista pró-vida e professora
Em Junho de 2012, ainda feminista, Sara foi financiada para morar na Ucrânia, onde recebeu um treinamento intenso sobre criação e autogestão de militâncias de esquerda.
De volta ao Brasil, Winter liderou nacionalmente o movimento feminista Femen e, após passar por um procedimento traumático de aborto, converteu-se ao catolicismo e se aproximou das pautas conservadoras.
De acordo com Sara, o Clube de Alta Cultura será um serviço que pretende facilitar o acesso de pessoas à iniciação da vida intelectual, desenvolvendo materiais exclusivos para que o aluno possa se aprofundar nos estudos da Literatura e da contemplação das artes como arquitetura, escultura, pintura, música, cinema, etc.
Sara também anunciou sua contratação como professora universitária na UNICERVANTES, Universidade colombiana onde ministrará aulas de pós-graduação.