Economia

Restrições à mobilidade podem impactar crescimento, diz presidente do Banco Central


O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou hoje (17) que há uma “suavização” recente na atividade econômica e que o aumento do isolamento social pode impactar o crescimento da economia, no curto prazo.

“Se houver atraso de vacinação que implique em mobilidade menor porque o número de casos está mais alto, a atividade econômica vai ter um impacto. Mas hoje nada indica que isso vai acontecer”, disse, ao apresentar o Relatório de Inflação, nesta quinta-feira (17).

Campos Neto destacou que há avanços no desenvolvimento de vacinas, o que deve levar a uma solução definitiva para a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Para o presidente do BC, o mercado financeiro “deixou de olhar para soluções temporárias”, como medidas de auxílio à população e às empresas, e passou a considerar a possibilidade de saída da crise. “Uma solução definitiva vai ser mais eficiente do que uma temporária”, disse.

Ele citou a liberação, hoje (17), pelo governo federal, de R$ 20 bilhões para a compra de vacinas. “Os esforços direcionados no sentido da vacinação são mais eficientes do que uma conversa sobre extensão do auxílio emergencial”, ressaltou.

De acordo com Campos Neto, é preciso esperar para avaliar os resultados das medidas relacionadas à vacinação, como a logística e a “reação da população” à oferta de vacinas.

Projeções

No Relatório de Inflação, o BC prevê que o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), terminará este ano com queda de 4,4% e em 2021, haverá crescimento de 3,8%.

A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de 4,3%, este ano, e 3,4%, no próximo ano.




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