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Prefeitura do Rio de Janeiro cancela festa de Réveillon da capital


Réveillon do Rio de Janeiro, considerado uma das maiores festas de ano novo do mundo, foi cancelado devido à pandemia de covid-19, anunciou hoje (15) a prefeitura da capital fluminense. O prefeito, Marcelo Crivella, justificou que a decisão é “necessária para a proteção de todos”.

“A festa será a da esperança por bons resultados das vacinas para conter a pandemia. Será ainda um momento de reflexão sobre um ano difícil, de luta, com lamentáveis perdas de tantas pessoas. E será também hora de dar graças a Deus pelas vidas salvas”, afirma o prefeito, em comunicado enviado à imprensa para informar o cancelamento do Réveillon.

A previsão anterior para o Réveillon Rio 2021 era a realização de shows sem a presença de público e com transmissão pela internet e televisão. Para organizar a festa, a empresa municipal Riotur havia contratado a empresa privada SRCOM, que também seria responsável por buscar patrocinadores para o evento.

Apesar de não ter queima de fogos, a previsão era que, além dos shows, o Réveillon teria luzes e efeitos visuais inéditos no Brasil, além de homenagens às vítimas da covid-19 e também aos profissionais que estão na linha de frente do combate à doença.

No informe enviado hoje à imprensa, o presidente da Riotur, Fabricio Villa Flor, afirma que a decisão é consciente e responsável. “Quando anunciamos o novo modelo para o Réveillon Rio 2021, falamos em responsabilidade social. O nosso discurso permanece. O motivo do cancelamento nada mais é que uma decisão consciente e responsável”.

Desde novembro, a cidade e o estado do Rio de Janeiro vem apresentando patamares mais elevados que em outubro de infectados, óbitos e internações por covid-19. Ontem, a cidade registrou uma média móvel de 47 mortes por dia nos últimos sete dias,  enquanto o estado contabilizou uma média diária de 84,14 óbitos em sete dias.

A taxa de ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva para covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) chegou a superar 95% este mês, e estava em 86% no balanço de ontem. Apesar da queda, que se deu pelo aumento da oferta de leitos, o número de pessoas internadas em UTIs do SUS continua a crescer e chegou ontem a 609, um aumento expressivo em relação aos 378 internados em UTIs em 3 de novembro.

Há ainda 185 pessoas aguardando transferência para vagas de terapia intensiva. Segundo a prefeitura, elas esperam em leitos com monitores e respiradores.

Desde o início da pandemia, 23.887 pessoas morreram vítimas da covid-19 no estado do Rio, sendo 14.015 na capital. O número de casos confirmados no estado chega a 391.350, e, na cidade do Rio de Janeiro, a 151.893.




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