Gafanhotos que estão a 5 km da fronteira com o RS não são de espécie destrutiva, diz secretaria
Gafanhotos que estão a 5 km da fronteira com o Rio Grande do Sul não são de espécies destrutivas, informou a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do estado, nesta terça-feira (1º).
Segundo as autoridades da Argentina, os insetos estão na província de Misiones, na cidade de Itacaruaré. A cidade brasileira mais próxima é Porto Xavier, na Região Noroeste, a 5 km.
O fiscal agropecuário Alonso Andrade destaca que não há uma nuvem se aproximando e que, além disso, a espécie é diferente da que causou pânico e destruiu lavouras, na Argentina, de acordo com informações do G1.
“Gostaria de tranquilizar a população em relação a esse surto que está ocorrendo aqui em San Javier [Argentina], deixando claro que não é a mesma espécie que formou até oito nuvens na Argentina e que tem um poder destrutivo muito alto. No caso aqui são surtos locais de uma espécie que já acometeu o Brasil também e que causa um dano econômico bem baixo”, diz.
De acordo com o fiscal, as espécies não possuem um poder migratório alto.
“A gente gostaria de deixar claro que essa espécie não está formando nuvens, é uma espécie local, ela não tem um potencial migratório alto. Tanto é que ela está aqui a 5km, e nós tivemos condições de temperatura e vento propício pra vir imigrar pro Brasil e elas não vieram”.
Ainda segundo Andrade, fiscais da defesa vegetal estão atuando para tranquilizar os produtores.
“Deixando claro que a gente tem uma defesa vegetal forte no estado e que todos os fiscais estão de prontidão e fazendo esse trabalho de orientação e educação sanitária”.
As lavouras estão sendo monitoradas e a população é orientada a procurar as inspetorias de defesa agropecuária caso encontre focos do inseto. “Nós estamos monitorando as lavouras e verificando se existe alguma característica de destruição, mas até agora não houve nenhum surto e nenhuma notificação”, destaca.