Covid-19: Greca acerta com Doria compra de vacinas CoronaVac para Curitiba
Depois do governador de São Paulo, João Doria (PSDB) afirmar nesta segunda (7), durante a divulgação do Plano Estadual de Imunização (PEI), que o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM) já solicitou a compra da vacina CoronaVac, produzida pela farmacêutica chinesa SinoVac em parceria com o Instituto Butantan. O prefeito Rafael Greca confirmou que parceria com o governo paulista está fechada. “O governador João Dória me ligou para confirmar que o Estado de São Paulo aceita a parceria com Curitiba”, afirmou Greca.
Segundo o portal Bem Paraná, a vacinação em Curitiba começará prioritariamente para profissionais de saúde. “Isso vai acontecer a partir do próximo 25 de janeiro, a partir de que Anvisa libere o novo medicamento. É uma adesão de Curitiba à ideia forte que o Brasil precisa de um plano nacional de ampla imunização. Que venham todas as vacinas: a inglesa, a norte-americana, a chamada chinesa, que é do Butantan, da Fundação Oswaldo Cruz, e todas as outras que possam ser desenvolvidas, porque nós brasileiros merecemos para 2021 o livramento desta provação chamada coronavírus. Eu defendo que todas as cidades, todos os estados e o governo Federal com prioridade absoluta imunizem o povo no menor tempo possível”, disse o prefeito de Curitiba. As tratativas de quantidades de doses ainda serão definidas pela Prefeitura Municipal de Curitiba, que vai iniciar o plano de vacinação priorizando os profissionais de saúde da cidade.
“Oito estados do país que solicitaram a vacina Coronavac ao Instituto Butatan. Para citar dois prefeitos, o prefeito de Curitiba [Rafael Greca] solicitou e já anunciou que fará a aquisição da vacina para imunização dos curitibanos. E o novo prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, me telefonou hoje dizendo que o RJ não vai ficar aguardando um programa para o mês de março, desejará vacinar o mais breve possível.”, disse Dória. O governo paulista pretende oferecer pelo menos 4 milhões de doses da vacina para outros estados. São Paulo, até o momento, adquiriu 46 milhões de doses da Coronavac no acordo entre o Instituto Butatan e o laboratório chinês Sinovac.
Município tem R$ 20 milhões para compra de vacinas
Na semana passada, Greca afirmou que o município tem R$ 20 milhões guardados para comprar vacinas contra o novo coronavírus assim que o governo federal liberar a vacinação no país. “Minha ideia é que todas as vacinas cheguem a Curitiba. A do Butantã, que é um centro de referência nacional e mundial, e também a da Universidade de Oxford, que é o acordo que o Ministério da Saúde tem com a Inglaterra. Mas se a vacina Johnson e Johnson for boa, vamos também trazê-la”, disse ele. Na ocasião, ele afirmou que estava em negociação com Doria para a compra de doses da CoronaVac. O prefeito de Curitiba ainda afirmou que está em diálogo com o governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), para aquisição de doses da CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em São Paulo em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Doria diz que qualquer brasileiro pode se vacinar em São Paulo
Doria afirmou que a sua gestão não virou as costas para o Plano Nacional de Imunização (PNI), do governo federal, que tem previsão de começar em março, mas pontuou a necessidade por mais agilidade no processo de vacinação dos brasileiros. Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, Doria sustentou que qualquer brasileiro que estiver em São Paulo e pedir para ser vacinado contra a covid-19 dentro do Plano Estadual de Imunização (PEI), apresentado nesta segunda-feira (7), será imunizado gratuitamente. A declaração foi dada em resposta a uma pergunta sobre a hipótese de haver uma corrida de moradores de outros Estados pela CoronaVac, que o governo de São Paulo planeja aplicar em grupos prioritários a partir de 25 de janeiro. “Por que iniciar a vacinação nacional em março se podemos fazê-lo em janeiro?”, perguntou, repetidamente, o governador de São Paulo.
Doria defendeu que a CoronaVac, produzida pela farmacêutica chinesa SinoVac em parceria com o Instituto Butantan, e as demais vacinas que, eventualmente, sejam aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) devem ser aplicadas imediatamente no Brasil. A CoronaVac está na fase final de análise de eficácia e ainda não recebeu aval do órgão federal. O diretor do Butantan, Dimas Covas, ressaltou que a realidade no processo de produção e aprovação do imunizante fez com que o início programado do PEI passasse de 15 de dezembro, data aventada inicialmente, para 25 de janeiro. Covas afirmou que existe elevada probabilidade de a data anunciada hoje se concretizar, apesar de a substância carecer da aprovação definitiva da Anvisa.