Cristãos coptas foram atacados por uma multidão de muçulmanos, com suas lojas e casas depredadas na região de Munya, no Egito. Os ataques aconteceram devido a um rumor que um cristão havia postado um comentário no Facebook denegrindo a imagem do Islã.
Os grupos islâmicos usaram coquetéis molotov para atingir a comunidade copta ortodoxa em al Barsha na última quinta-feira, ao menos uma mulher idosa foi hospitalizada com queimaduras depois que sua casa foi incendiada.
O cristão acusado de postar um comentário no Facebook contra o Islã em sua conta pessoal afirmou que teve a sua página hackeada.
A igreja de Abou Sefin, estava lotada celebrando o início do jejum copta, quando a multidão de islâmicos também tentou os atacar. Um micro-ônibus da igreja foi queimado, de acordo com o Christian Solidarity Woldwire.
O governador de Minya, general Osama Al Qadi, convocou uma reunião com os líderes da aldeia após o ataque para tentar diminuir as tensões, e exortou o clero muçulmano a pregar sobre tolerância religiosa e respeito em suas mesquitas.
Apesar desses apelos, as discussões de ódio ainda se acaloram nas redes sociais e instigam ao confronto entre os muçulmanos e cristãos coptas, para que aconteça novos ataques, informou o Independent Catholic News.
O CEO da Christian Solidarity Worlwide, Scot Bower, uma ONG com sede no Reino Unido, reconhecida pelas Nações Unidas e que trabalha em vários países ajudando as comunidades perseguidas, disse que “Este incidente deve ser investigado minuciosamente, com os responsáveis levados à justiça”.
“A hostilidade da sociedade que sustenta a discórdia sectária, que facilita os surtos frequentes de violência na área, também deve ser abordada”, continuou.
“Incentivamos as autoridades egípcias a se envolverem positivamente com as organizações de direitos humanos para promover a diversidade religiosa e a igualdade de cidadania por meio do engajamento cívico e da educação ”, afirmou Bower.
De acordo com a organização Portas Abertas dos Estados Unidos, o Egito é o 16º pior país em perseguição aos cristãos do mundo, reportou o The Christian Post.