Na contramão da digitalização da maioria dos processos e dos conteúdos em papel, o Senado Federal destinou um total de R$ 18.650.261,00 apenas em 2020 para manter uma gráfica própria. Mesmo em ano de pandemia e com as atividades remotas adotadas desde o mês de abril, as impressões não diminuíram em 2020.
No ano passado, a secretaria tinha um orçamento total de quase R$ 20 milhões; contudo, até dezembro, cerca de R$ 15 milhões foram realmente gastos. Já em 2020, até o dia 28 de outubro, pouco mais de R$ 15,4 milhões já haviam sido gastos de todo o orçamento previsto, conforme apurou Oeste.
Chamada de Secretaria de Editoração e Publicações, a gráfica é responsável pela impressão de cadernos, agendas e papéis timbrados para o próprio Senado e para os gabinetes dos senadores. Além disso, a Casa imprime conteúdos sobre a atividade parlamentar de cada senador — embora os parlamentares do Senado já contem com uma verba de gabinete de R$ 82 mil, afora o salário.
Entre livros e publicações para os senadores, foram impressos, até o último mês, cerca de 215 mil exemplares em 2020. Além disso, a Casa produzia diariamente um jornal impresso chamado Jornal do Senado, mas sua publicação se encerrou no final do ano passado.