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CASO FLORDELIS: 15 informações reveladoras do depoimento de Luana Rangel, nora e ex-assessora da deputada


Na Audiência de instrução do caso Flordelis, realizada em Niterói-RJ na sexta-feira (27), uma das noras da deputada contou que a parlamentar tinha manifestado o desejo da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo. Ele foi assassinado com mais de 30 tiros na garagem de casa no ano passado. Na audiência, a nora Luana Rangel declarou que, em uma conversa ocorrida entre 2017 e 2018, Flordelis disse que recebia mensagens divinas de que o pastor ia morrer porque estava “atrapalhando a obra de Deus”. Essas e outras informações dadas por Luana sob juramento, complicam bastante a pastora:

1) Facções: A família era dividida em a casa e haviam duas facções, uma da Flordelis formada pelos filhos que não trabalham e a outra do Pr. Anderson do Carmo formada pelos filhos que trabalham. Luana e seu marido, conhecido como Mizael, se consideram parte da facção ligada ao pastor assassinado, pois trabalhavam como assessora e tesoureiro, respectivamente;

2) Com muita frequência Luana ouviu Flordelis reclamar do marido pelo fato do pastor controlar tudo na família, principalmente na questão financeira. Por diversas vezes a assessora aconselhou Flordelis a se separar de Anderson mas ela dizia que a separação iria escandalizar a obra de Deus (entende-se a igreja administrada pela família que tinha um patrimônio declarado acima de 2 milhões de reais anualmente).

3) Na data da posse da Deputada Federal, Simone (filha biológica) disse “Agora não precisamos mais dele [Anderson]”.

4) Todas as despesas fixas da família de 55 filhos eram de responsabilidade do pastor Anderson, além de despesas pessoais de cada membro da família. Por esse motivo que Anderson ficava com a maior parte do dinheiro. Flordelis ficava com a menor parte, porém esse dinheiro era livre. Isso era motivo de grande desconforto da deputada e comentava sobre isso com todos da casa, mas diante do pastor negava ou não tocava no assunto.

5) Lucas assaltou um carro de um pastor amigo da família. Anderson se revoltou, mas Lucas o teria ameaçado “Estou armado”. Lucas foi responsável por comprar a arma do crime

6) Flordelis profetizou que “Deus iria levar” Anderson do Carmo, pois estaria atrapalhando a obra de Deus. Essas “profecias” eram frequentes desde 2017.

7) O celular do Pr Anderson do Carmo foi quebrado por conter informações que comprometeriam o mandato de Flordelis.

8) Rayane encomendou a execução de Anderson do Carmo, porém tudo deu errado porque o naquele dia Anderson saiu com outro carro.

9) Flordelis é a mandante, Simone fez tudo com a mãe e Marzy seria capaz de tudo pelo amor da Mãe. A facção ligada à deputada estava envolvida e todos tinham o objetivo de executar o pastor Anderson do Carmo e tentaram por diversas vezes envenená-lo.

10) Lucas “entrou de gaiato no navio”, ele entrou já no final do “plano” a culpa de tudo cairia sobre ele.

11) Flordelis me ameaçou, ameaçou minha família, afirmou Luana Rangel.

12) Marzy pressionada por Luana para abrir o jogo e revelar tudo que sabia, trancou-se no quarto para pensar. Ao ser cobrada pela decisão, Marzy teria dito: “Não vou entregar minha mãe por nada”. Marzy sofreu vários preconceitos da família sendo muito humilhada e rejeitada.

13) Flordelis disse “Ainda bem que quebramos o celular do Niel [Anderson do Carmo] e jogamos no mar [da ponte Rio Niterói]. Referindo-se às provas contidas no celular que comprometiam o mandato da deputada.

14) Marzy assumiu um roubo de dinheiro de Anderson do Carmo, porém quem roubou esse dinheiro na verdade foi Flordelis.

15) Marzy foi humilhada por diversas vezes e disse que “executar Anderson seria a solução de todos os problemas da casa”.

Todas essas informações foram passadas com exclusividade pelo jornalista Diego Ganoli que esteve presente na audiência e esteve também na casa da deputada Flordelis.

Para o MP e a Polícia do Rio de Janeiro, não há duvidas: Flordelis foi quem encomendou a morte do marido. Sete filhos da parlamentar e uma neta já foram presos por participar de forma direta ou indireta no crime. Em Brasília, o Conselho de Ética da Câmara discute a possível cassação do mandato de Flordelis por quebra de decoro parlamentar. A deputada federal afirmou mais uma vez que é inocente e não tem envolvimento com a morte do marido.




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