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Ataque a tiros em Viena deixa pelo menos 4 mortos e 15 feridos; o que se sabe até agora


Homens armados com rifles abriram fogo na noite desta segunda-feira (2/11) em seis locais diferentes no centro de Viena, capital da Áustria, matando pelo menos quatro pessoas e ferindo outras 15, segundo a polícia local.

O chanceler austríaco Sebastian Kurz falou em um “ataque terrorista repulsivo”. Um dos atiradores foi morto por agentes de segurança portando um rifle, uma pistola, uma machete e um colete de explosivos falsos, informa a BBC News.

Segundo Karl Nehammer, ministro do Interior austríaco, buscas na residência do “terrorista islâmico” apontaram que ele era simpatizante da facção Estado Islâmico.

Um segundo suspeito de participação no ataque foi preso. Há mais de mil agentes envolvidos nas buscas por outras pessoas suspeitas de ligação com o ataque que matou duas mulheres e dois homens, de identidade ainda não divulgada.

O atentado aconteceu perto da sinagoga Seitenstettengasse, que é o principal templo judaico de Viena, mas ainda não se sabe se esse era o alvo principal do ataque.

O ataque aconteceu poucas horas antes de a Áustria impor novas restrições nacionais para tentar conter o aumento de casos de covid-19. Muitas pessoas foram a bares e restaurantes antes que eles fechassem, o que durará até o final de novembro.

Segundo testemunhas, os atiradores dispararam contra essas multidões.

Estima-se que outras 15 pessoas estejam hospitalizadas, seis delas em estado grave. Um policial que vigiava a sinagoga está entre os feridos, disse o Ministério do Interior.

O líder da comunidade judaica local, Oskar Deutsch, tuitou que a sinagoga estava fechada no momento em que o ataque começou.

Imagens postadas nas redes sociais mostraram pessoas correndo pelas ruas enquanto tiros eram disparados.

Chris Zhao estava em um restaurante próximo quando o tiroteio começou.

“Ouvimos barulhos que pareciam fogos de artifício. Ouvimos cerca de 20 a 30 (disparos) e percebemos que eram tiros de verdade. Vimos as ambulâncias… enfileiradas. Havia vítimas. Infelizmente, também vimos um corpo deitado na rua ao nosso lado”, disse à BBC.

Uma grande operação de segurança foi então implementada na cidade, com autoridades pedindo que o centro de Viena fosse evitado, assim como o uso de transporte público.

Estradas no entorno também foram bloqueadas e, na fronteira com a República Tcheca, agentes estão fazendo verificações aleatórias para tentar conter possíveis atiradores.

Segundo a agência de notícias APA, diversas residências foram vasculhadas e suspeitos, presos. A identidade deles não foi divulgada oficialmente pelas autoridades.

Reações de líderes europeus

No Twitter, Kurz escreveu que a “república está passando por momentos difíceis”.

“Nossa polícia agirá de forma decisiva contra os perpetradores deste hediondo ataque terrorista. Nunca nos permitiremos ser intimidados pelo terrorismo”, disse ele.

Outros líderes europeus condenaram o ataque, como o presidente francês Emmanuel Macron.

“Nós, o povo francês, compartilhamos o choque e a dor do povo austríaco, atingido esta noite por um ataque no coração da sua capital, Viena. Depois da França, um amigo nosso é atacado. Esta é a nossa Europa. Nossos inimigos devem saber com quem eles estão lidando”, disse ele.

Três pessoas morreram na semana passada em um ataque com facas em uma igreja na cidade francesa de Nice, incluindo uma brasileira, no que Macron disse ser um “ataque terrorista islâmico”.

O primeiro-ministro do Reino Unido também declarou que os “pensamentos do país estão com o povo da Áustria”.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, classificou o ataque em Viena como um ato covarde que violou a vida e os valores humanos.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, chamou o tiroteio de “um ato hediondo” e expressou “solidariedade” com a Áustria.




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