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Armênia e Azerbaijão assinam acordo de paz mediado pela Rússia


Nesta terça-feira (10), Armênia e Azerbaijão assinaram um acordo para encerrar o conflito pela região de Nagorno-Karabakh, que teve início em 27 de setembro deste ano. O tratado teve o envolvimento do presidente da RússiaVladimir Putin, que disse que haverá um cessar-fogo imediato com a instalação de um contingente de paz russo na fronteira. “Presumimos que os acordos alcançados criarão as condições necessárias para uma solução de longo prazo e abrangente para a crise em Nagorno-Karabakh em uma base justa e no interesse dos povos armênio e azerbaijano”, afirmou Putin em comunicado.

Através do tratado de paz, ficou estabelecido que as partes permanecerão, de maneira geral, nas posições que ocupam atualmente. No entanto, o exército armênio deverá se retirar do distrito de Agdam e das regiões de Kalbajar e Lachin. O Azerbaijão também ficou com a cidade de Shusha. A contrapartida é que, nos próximos três anos, seja planejada a construção de um corredor que garanta a comunicação entre Nagorno-Karabakh e a Armênia. Os deslocados e os refugiados poderão retornar à região do conflito, que estará sob o controle do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. Além disso, os dois lados trocarão prisioneiros e corpos de soldados mortos em combate, informa a Jovem Pan.

Através da sua página oficial no Facebook, o primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinian, descreveu o texto do acordo como “muito doloroso” para ele e para os armênios. “Tomei esta decisão após uma análise completa da situação militar e uma avaliação das pessoas que têm uma melhor compreensão da situação”, esclareceu. O líder disse estar convicto de que essa é “a melhor solução na situação criada” e que se “ajoelha diante de todos os mártires”, “soldados, oficiais, generais, voluntários que defenderam e estão defendendo a pátria com suas vidas”. Em contrapartida, o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, afirmou que o tratado de paz foi “a variante mais vantajosa” para o país e que, na verdade, trata-se de uma rendição militar da Armênia.




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