Mulher

Se desafie: faça um Intercambio!! Parte II


Pra quem não leu a matéria da semana passada, sugiro que dê uma pausa aqui e vá lá conferir a primeira parte dessa história, assim fará mais sentido pra você. Na matéria de hoje
vou contar sobre a minha experiência durante o intercâmbio. Dificuldades, realizações, descobertas, viagens e desenvolvimento do inglês.

Então vamos lá! No intercâmbio de aupair, antes de embarcar, você precisa “dar match” com uma família. A palavra em inglês significa combinar. Primeiro você escolhe a empresa que vai te auxiliar nesse processo e então faz uma entrevista em inglês para eles avaliarem seu nível de conversação. O objetivo aqui é saber sua capacidade de se comunicar para não ter dificuldades maiores no país. Depois de aprovada na entrevista, o próximo passo é preencher o application. Este documento é o formulário de inscrição e também será o seu perfil para que as famílias olhem, se interessem e peçam para conversar com você, na intenção de dar um match.
O meu match foi bem rápido. Em duas semanas online eu tive 5 famílias no meu perfil e eu escolhi uma que tinha 3 crianças e morava em Virginia.

Eu embarquei para os Estados Unidos uma semana após a minha formatura, no dia 05 de agosto de 2018. Os sentimentos eram uma mistura de animação, medo, felicidade, ansiedade e mais medo. Minha primeira parada foi em Nova York, onde aconteceu o meu treinamento de aupair junto à empresa responsável por nós. Depois de uma semana eu finalmente conheci minha host Family.


A adaptação foi difícil, tudo era novo. As pessoas, a casa, a comida, a rotina, o trabalho. Não foi nada simples agradar, cativar e ao mesmo tempo impor respeito e limites a três crianças de 3, 7 e 10 anos de idade. Quando eu conseguia uma maior aproximação com a menina de 4, os meninos se afastavam e o clima esfriava. Resumo: eu não me adaptei à primeira família. Eu não estava feliz, a rotina era um fardo, eu tinha medo de errar o tempo todo e não me sentia à vontade com o meu trabalho. Foi então que eu entrei em processo de rematch. Depois de conversar com a família e entender que não estava sendo bom pra ambos, decidimos que eu precisava trocar de família. No meu canal no youtube tem a história completa, sugiro assistir, pois foi quase uma novela mexicana. Você pode assistir à primeira parte aqui e a segunda aqui.


Entre crises e perrengues eu encontrei minha nova família. Também com 3 crianças, mas idades diferentes. Agora eu cuidava de crianças de 5, 7 e 13 anos. A família era muito mais flexível, me deixaram super a vontade para trabalhar com as crianças e a rotina era muito mais tranquila. Minhas tarefas eram basicamente acordar as crianças, tomar café com eles, levar e buscar na escola e em outras atividades, ajudar com o dever de casa, fazer o jantar e brincar com eles. Em poucas semanas criamos uma conexão incrível. Finalmente eu senti que ali era meu lugar.
Aos poucos eu fui me adaptando, fazendo amigos, viagens, aprimorando meu inglês e vivendo experiências inesquecíveis. É claro que tive muitos problemas ao longo do caminho.
A convivência é algo muito difícil e com o tempo você vai lidando com os defeitos da família. Mas nada era tão grave que não fosse resolvido com um bom diálogo.

Todas essas dificuldades encontradas ao longo do caminho me fizeram desenvolver habilidades importantíssimas para minha profissão como psicóloga. Autoconfiança, tolerância, paciência, empatia, assertividade, autocontrole e autoconfiança foram algumas habilidades que desenvolvi e aprimorei durante o meu intercâmbio. Voltei pro Brasil uma nova pessoa. Mentalidade e maturidade foram coisas que se transformaram em mim. É claro que não voltei perfeita, mas essa experiência me ajudou a dar um salto no meu desenvolvimento pessoal e profissional.


Semana que vem vou contar pra vocês como foi o meu pós intercâmbio e como essa experiência me ajudou na minha vida profissional. Se você ficou curioso para conhecer as minhas host kids e meus host parents, sinta-se convidado para conferir meu perfil no instagram e meu canal no youtube. Lá tem várias fotos e vídeos com a minha família. Eu nem preciso dizer que sinto muita saudade deles né?

Kayanne Ramos, 25 anos, psicóloga.




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