Política

OPINIÃO: Brasil da injustiça jurídica


Querem que a culpa da soltura do André do Rap seja colocada na conta do presidente Bolsonaro, mas isso não é aceito por quem tem o mínimo de esclarecimento e conhecimento político.

O ex-juiz, ex-ministro e ex-herói da Lava Jato, Sérgio Moro, no ano passado, aceitou sem nenhum alarde que seu “Pacote anticrime” tivesse uma “regrinha” que protegesse o criminoso. Mas não era para combater o crime? O tal dispositivo novo no Código Penal agora obriga aos juízes a revisão e a justificativa de prisões de criminosos a cada 90 dias, caso contrário eles poderão sair pela porta da frente, como muitos já saíram. Quem criou tal dispositivo deveria ser responsabilizado pois essa “brecha” permitiu que um momento de falta de sanidade de um magistrado resultasse em um grande circo midiático fosse formado.

O problema é falta de memória do cidadão brasileiro. Agora todos falam que o magistrado ganhou algo com a soltura do líder do PCC, mas não lembram que a polícia está IMPEDIDA de realizar operações em favelas com a pandemia como desculpa, segundo o ministro Edson Fachin em decisão liminar. Essa falta de memória fez também cair no esquecimento uma grave denúncia feita pela Record TV em setembro deste ano, na qual acusava a poderosa família Marinho de lavagem de dinheiro. Não foi uma denúncia infundada nem baseada na guerra pela audiência que marcou os anos 90, foi feita pelo doleiro Dario Messer em delação premiada. Porém o caso foi tão abafado por todos que ninguém comenta nada a respeito de algo que foi confessado há tão pouco tempo.

Com toda a comoção que a soltura do traficante causou, o STF precisou se posicionar. A mais alta corte brasileira parou absolutamente tudo para mostrar que por 9 votos a 1 eles concordaram que André do Rap deveria continuar preso. Mas já era tarde, de nada adiantou o circo que o traficante com certeza assistiu com altas risadas em algum lugar fora do Brasil.

A conta para recapturar o traficante é alta, 2 milhões a cada 120 dias, mas o Marco Aurélio Mello continua sendo ministro, acusa de injúria quem o questiona e ri de quem fala na possibilidade de sofrer um impeachment. Vale lembrar da fala de José Dirceu, diante da evidente derrota do PT nas eleições de 2018: “É uma questão de tempo pra gente tomar o poder. Aí nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição”.

 




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