Mulher

Mutirão para cirurgia de câncer de mama


A partir desta segunda-feira (5) começa a ser realizado no Hospital de Base (HB) um mutirão médico para zerar a fila de 35 mulheres que aguardam por cirurgias para retirada de câncer de mama. O mutirão também vai atender outros 80 pacientes que enfrentam câncer ginecológico ou que apresentam doenças relacionadas ao nariz, garganta e ouvidos. A força-tarefa atuará até o final deste mês.

A iniciativa integra as ações da campanha Outubro Rosa, destinada a combater o câncer de mama. Em Brasília, a campanha está sendo realizada pela Secretaria de Saúde, em parceria com o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), administrador do Hospital de Base.

A força-tarefa será composta por cerca de 50 profissionais, entre eles, oito ginecologistas, nove mastologistas, 15 otorrinos, além de anestesistas e enfermeiros. Esses profissionais vão trabalhar em salas cirúrgicas do HB das 7h às 23h, todos os dias, inclusive nos fins de semana.

“Vamos auxiliar, da melhor forma possível, as nossas pacientes na luta contra o câncer de mama e o câncer ginecológico”, afirmou o superintendente do HB, Lucas Seixas, que coordena a força-tarefa.

Fila de espera       

O Hospital de Base, unidade referência em oncologia, tem uma fila de 115 pacientes que aguardam por cirurgias. Entre elas, 35 mulheres, que já passaram pela rádio e quimioterapia, vão fazer operação de câncer de mama. Dessas, 20 farão cirurgia de reconstituição mamária. Na fila ainda estão 20 mulheres que apresentam câncer ginecológico e 60 pacientes que precisam ser operadas pela otorrinolaringologia.

O diretor-presidente do Iges-DF, Paulo Ricardo Silva, explicou que a força-tarefa é um recurso utilizado periodicamente para solucionar problemas pontuais e, assim, melhorar o atendimento à população. “Com o Outubro Rosa, mais uma vez estamos somando forças para enfrentar doenças e salvar vidas”, ressaltou.

Força-tarefa 

Por causa do surgimento do novo coronavírus, muitos procedimentos cirúrgicos foram cancelados em toda a rede. A fila, assim, aumentou. Contudo, para reduzi-la em plena pandemia, o Iges-DF decidiu fazer ações concentradas. A partir de julho deste ano, começaram os mutirões cirúrgicos no HB.

Entre julho e setembro, já foram realizados 428 procedimentos. Foram 220 atendimentos hemodinâmicos, 109 cirurgias ortopédicas, 62 cirurgias urológicas, 42 procedimentos de cateterismo, 34 cirurgias cardíacas, 30 operações de câncer de mama e 30 cirurgias de ginecologia oncológica.

Para realizar a cirurgia, o paciente é cadastrado na Central de Regulação (CRDF).  A partir do diagnóstico, é marcada a cirurgia. Os pacientes com tumores mais agressivos têm prioridade de acordo com os protocolos estabelecidos.




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