Entenda porque o eleitor de MT votará para senador em 2020
As eleições 2020 não serão apenas de âmbito municipal nas 141 cidades de Mato Grosso. No Estado, o eleitorado irá às urnas em 15 de novembro para votar para prefeito, vereador e… senador da República. Isso ocorre devido à cassação do mandato de Selma Arruda, eleita em 2018.
Eleita pelo PSL, a juíza Selma, alcunha pela qual a política é conhecida, foi condenada em dezembro de 2019 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por seis votos a um, a maioria dos magistrados entendeu que ela deveria perder o mandato — e ter os direitos políticos cassados por oito anos. O órgão a condenou pelos crimes de abuso de poder econômico e caixa 2.
Apesar da decisão tomada pelo TSE ainda no ano passado, Selma permaneceu com status de senadora até meados de abril de 2020, período em que seguiu com direito a benefícios parlamentares, como apartamento funcional em Brasília e salário mensal de R$ 33,7 mil. Ela só deixou de vez o Congresso após decisão da mesa diretora do Senado, que analisou o caso somente no dia 15 de abril, informa a Revista Oeste.
Mandato provisório
Com a perda do mandato de Selma Arruda, Carlos Fávaro (PSD) se tornou senador por Mato Grosso. Mandato, entretanto, provisório. Afinal, ele foi derrotado nas eleições de 2018 (terceiro colocado), mas conseguiu o direito de ocupar uma cadeira no Senado até o desfecho da chamada eleição complementar, que será realizada juntamente ao pleito municipal.
E os suplentes?
Fávaro é o senador provisório de Mato Grosso devido à decisão favorável que teve por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) e porque os dois suplentes eleitos na chapa encabeçada por Selma Arruda foram condenados no mesmo processo. Dessa forma, Gilberto Possamai e Clerie Fabiana Mendes não puderam fazer o que Carlos Francisco Portinho (PSD) fará no Rio de Janeiro: assumir o posto que era de Arolde de Oliveira, que morreu na última semana.
Os candidatos
Diante de todas essas questões, o eleitorado mato-grossense terá de votar para definir quem se juntará à equipe que conta com Jayme Campos (DEM) e Wellington Fagundes (PL) na representação do Estado no Senado Federal.
A eleição suplementar para senador por Mato Grosso conta com 11 candidatos, que Oeste lista em ordem alfabética a partir do nome que aparecerá na urna eletrônica:
- Coronel Fernanda — Patriota
- Euclides Ribeiro — Avante
- Fávaro — PSD (atualmente senador provisório)
- Feliciano Azuaga — Novo
- José Medeiros — Podemos
- Nilson Leitão — PSDB
- Pedro Taques — Solidariedade
- Procurador Mauro — Psol
- Reinaldo Morais — PSC
- Sargento Elizeu Nascimento — DC
- Valdir Barranco — PT