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#BodyPositive: Você sabe o que é?


Mesmo que você não saiba exatamente do que se trata, com certeza já viu em algum site ou algum perfil do Instagram a expressão: Body Positive (em tradução livre: Positividade do Corpo). E se já ouviu falar ou leu sobre o assunto, com certeza sua mente automaticamente associou com uma mulher de rosto bonito e corpo gordo. Não está errado, mas está longe de estar 100% correto.

O Body Positive está diretamente ligado a derrubada de padrões de beleza, para mulheres e homens. Esse movimento super do bem ganha cada dia mais e mais adeptos, vou explicar direitinho.

Desde muito novos somos ensinados, de maneira indireta pela grande mídia, que só o que está dentro de um “padrão” é aceitável, é bonito e digno de sucesso. Filmes, novelas e séries sempre tem como protagonistas atores e atrizes com corpos e rostos perfeitos, ganham fortunas e estão sempre associados ao sucesso e glamour.

O movimento Body Positive incentiva a esquecer por completo esses padrões de beleza e não engloba somente mulheres acima do peso, fazem parte todos que se aceitam e se amam exatamente como são. Não importa se você está acima ou abaixo do seu peso, isso não define seu valor como pessoa. Nem se seu nariz é grande ou pequeno, ou a cor da sua pele, ou o tamanho do seu pé, ou rugas que você adquire ao longo do tempo.

A beleza estética e os padrões impostos por essa gigantesca indústria geraram pessoas seriamente deprimidas, com problemas de autoimagem, além de distúrbios alimentares como bulimia, anorexia, compulsão alimentar. Eu mesma já passei muito por tudo isso.

Body positive é descobrir aspectos positivos do seu corpo que por muito tempo foram considerados “fora do padrão”. É promover uma percepção mais honesta e realista do nosso corpo. É aquela frase bem conhecida mas que se encaixa perfeitamente nesse movimento: “promova (exalte) o que te encanta ao invés de atacar do que você odeia”. O padrão, hoje, é ser diferente e não sofrer por isso.

Um ponto importante a ser explicado: não se trata de conformismo. Uma pessoa pode sim se aceitar como é e ainda assim buscar uma reeducação alimentar, ou uma cirurgia plástica se julgar necessário. O importante é se autoconhecer, ser realista com determinado aspecto de sua aparência e ser gentil com você mesmo sobre isso. É preciso respeitar as diferenças e ajudar as pessoas a superarem seus conflitos com a aparência, para que possam viver uma vida plena e feliz.

As redes sociais são grandes aliadas quando queremos encontrar bons exemplos de diversos tipos de body positive:

Flúvia Lacerda: uma referência na moda plus size mundial, ela tem sua própria grife e levanta a bandeira da democratização da moda. Ela também é autora do livro: Gorda Não É Palavrão.

Mari Maria: top influenciadora, tem sua marca de maquiagem, sofreu bulling desde muito cedo por ter muitas sardas no rosto e corpo. Ela relata tudo nos seus vídeos no YouTube e no seu livro: Por Trás da Máscara.

 

Mayara Russi: modelo e influenciadora, ela já sofreu preconceito até mesmo em desfile plus size. Lutar contra a intolerância e a exclusão de pessoas por causa do peso é a principal bandeira levantada por Mayara.

Eu poderia fazer uma lista gigantesca pois são muitas as pessoas que lutam frequentemente contra algum tipo de preconceito. Mas nunca esqueça: em uma sociedade que lucra com nossas inseguranças, gostar de si mesmo é um ato de rebeldia. Não queira abraçar a perfeição, é exaustivo, inalcançável e irreal. Bom mesmo é se inspirar em gente como a gente que não esconde suas falhas e sim as usa para crescer e se superar.

Aline Carvalho: maquiadora, Miss Plus Size DF e influenciadora




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